domingo, 20 de junho de 2010

Queques de limão

A época das cerejas chegou finalmente e não há dúvida de que é uma fruta muito fotogénica, que dá excelente fotografias. Tem as proporções e as curvas certas, tanto na polpa como no caule, para que seja possível ensaiar bailados acrobáticos. Neste caso serviram apenas para alegrar uns queques de limão em versão experimental.

Para esta receita de queques utilizei os seguintes ingredientes:

- 1 chávena de chá de espelta
- 1 chávena de chá de farinha de arroz integral (crua)
- 1/2 chávena de chá de farinha de quinoa
- 4 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 2 ovos
- 1 iogurte magro
- sumo e casca ralada de 1/2 limão bio
- 1/2 chávena de azeite
- 1 colher de chá de extracto de baunilha
- 1 saquinho de levedura (4,6 g) ou de preferência, pelas razões que a seguir indico, 1 colher de sopa de fermento Royal, acrescentada eventualmente de mais 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio.

Como habitualmente, misturar primeiro os ingredientes secos e juntar depois os húmidos. Como nesta receita resolvi experimentar a levedura, comecei por a dissolver em o.5 dl de água morna. No caso de fazer com o outro fermento este volume de liquido pode ser substituído por igual quantidade de leite magro.

Quanto à decoração foi só mergulhar as cerejas em cobertura de chocolate branco derretida e depois fixar aos queques.


A utilização de outros tipos de farinhas, para além da habitual farinha de trigo, coloca alguns problemas no processo de fermentação que tentei compreender melhor Até porque nesta receita resolvi experimentar o fermento de padeiro. Este fermento é formado por microorganismos vivos que se vão alimentar da massa e nesse processo irão libertar dióxido de carbono e outros compostos. Vai ser a libertação deste gás que provoca o aumento de volume do pão ou dos bolos. No caso dos fermentos químicos o que vamos ter na sua composição é um ácido e uma base que ao reagirem vão libertar também o dióxido de carbono. Por isso, é importante que quando se fazem os queques e depois de adicionar os ingredientes secos aos húmidos se bata pouco a massa e se coloque rapidamente no forno, para aproveitar a reacção inicial. Perdoem-me esta minha vertente tão professoral, mas isto é apenas para eu própria perceber o que se passou com o processo de fermentação.

Mas há o problema do tipo da farinha, porque algumas não possuem gluten (proteína) responsável por fornecer elasticidade que permita às massas crescerem. Com a farinha de trigo normal não há problema, mas quando passamos para outros géneros de farinhas devemos ter em consideração que algumas não possuem gluten ou possuem muito pouco. No caso desta receita resolvi experimentar a levedura, fiada que a farinha espelta ainda tem algum gluten. Como é possível verificar não cresceram muito, por isso aconselho as minhas leitoras a utilizarem em lugar do saquinho de levedura 1 colher de sopa rasa de fermento químico.

6 comentários:

  1. sem dúvida que as cerejas dão fotos muito bonitas!!

    esses quequezinhos ficaram muito formosinhos!

    beijinhos

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  2. Os queques estão divinais, as cerjas deram-lhe aquele toque final que a foto transmite, e a Fá deu-me informações preciosas sobre as farinhas e respectivos fermentos...já aprendi algo útil logo de manhã. Beijinho e OBRIGADA

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  3. Hey, I just did a very similar post to this with cherry corn muffins made with two flours-gluten free. Yours look great, and I love your photos!

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  4. hum que queques tao bonitos e qu saboreosos que devem ser.
    beijinhos

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  5. Boa noite, Catarina, Tuquinha, Stella, Moranguita e "mesa para quatro"
    Obrigada por acompanharem as minhas experiências de forma tão simpática. Na fotografia também sou uma iniciante. Ainda nem me entendo muito bem com a máquina nova. Quanto à Stella vou responder no seu blog, porque curiosamente fez uns queques muito semelhantes aos meus e também com mistura de farinhas. Bjs

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